quarta-feira, 6 de novembro de 2019

INEURO- Eletroneuromiografia em João Pessoa

Nova sede de atendimento com estrutura moderna, segurança e comodidade no Edifício Eco Business Center, Sala 1707- Andar 17. Rua Antônio Rabelo Júnior, 161 - Miramar - João Pessoa- PB.
Fone: (83) 3690-0385  / 99311-9260 / 999485408 (WhatsApp).
INEURO- Instituto de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna.
Formada por uma equipe de Neurocirurgia titulada, com áreas de atuação diversificada em Neurofisiologia, Cirurgia de Nervos, Tumores, Coluna, Tratamento da Dor Refratária, Cirurgia Pediátrica.

domingo, 15 de setembro de 2019

Neuropatias de fibras finas


Neuropatia de fibras finas é um subtipo de neuropatia periférica em que há o comprometimento de fibras mielínicas finas do tipo A Delta e amielínicas do tipo C, reponsáveis pela  inervação do sistema nervoso autonômico e sensação térmica e dolorosa somática. As fibras mielínicas grossas do tipo A Alfa e Beta respondem pela contração muscular esquelética, sensibilidade vibratória e proprioceptiva.
A sintomatologia clássica consiste em queimação, dormência, formigamento, alodínia, hiperestesia, dor e mais tardiamente, alterações tróficas em pele e sintomas disautonômicos.

Etiologia é variada, podendo ter fatores imunomediados (sarcoidose, Síndrome de Sjogren, infecção, doença celíaco, paraproteinemia) ou diversos como hiperglicemia, toxicidade alcoolica, hereditaria, hipovitaminoses e efeitos colaterais de medicamentos.




quarta-feira, 24 de abril de 2019

Síndrome do Túnel do Carpo: Quando operar?

Muitos pacientes se questionam se devem ser submetidos a cirurgia para descompressão do nervo mediano no punho, quando são diagnosticados com a Síndrome do Túnel do Carpo. Principalmente quando se tem relatos de pacientes que operaram e não melhoraram.

Os alicerces  de um bom resultado cirúrgico envolvem um diagnóstico preciso, compatível com a queixa do paciente, documentado com exames complementares, e uma técnica cirúrgica adequada.

Queixas que fogem do padrão de dormência, formigamento, perda de força ou presteza na mão, piora dos sintomas a noite ou após atividades, sugerem outro diagnóstico ou associação com outras enfermidades. Afastar tendinopatias, radiculopatias, fibromialgia ou dores miofasciais que não irão melhorar com a cirurgia de descompressão do nervo mediano.

Pacientes com grau leve de neuropatia costumam melhorar sem cirurgia, principalmente em períodos de pouca atividade com as mãos. Investigar causas sistêmicas comuns como hipotireoidismo, diabetes mellitus, artrite reumatóide. Gestantes após resolução da gravidez costumam ficar sem sintomas.

Grau moderado de neuropatia (com comprometimento desmielinizante de condução motora) costuma ter os melhores resultados. Há a associação entre muita sintomatologia e excelente viabilidade de plena recuperação do nervo.

Grau acentuado ou grave, quando já tem sinais clínicos de atrofia muscular na região tenar da mão, os resultados vão depender muito do tempo de compressão, achados neurofisiológicos na eletroneuromiografia e ao depender, de exames de imagem do nervo. 










sábado, 6 de abril de 2019

CIDP: Polineuropatia Inflamatória Crônica Desmielinizante

Por ser uma condição neurológica que o tratamento tem significativo impacto na recuperação e evolucão do paciente, o diagnóstico preciso é fundamental. Entre os diagnósticos diferenciais, Neuropatia Motora Multifocal e Polineuropatia com Organomegalia associado a Gamopatia Monoclonal e Alterações na Pele (POEMS) podem ter manifestações semelhantes.
Pacientes se manifestam com fraqueza nas pernas, geralmente simétricas com duração superior a dois meses.
Estudo eletroneuromiográfico evidenciando aumento de latência distal (acima de 130%) em dois nervos, prolongamento de latência mínima de onda F acima de 150%, reducão da velocidade de condução (abaixo de 70% do normal), presença de bloqueio de conducão (redução de 20% da amplitude do CMAP) e dispersão temporal (aumento da duração do CMAP acima de 30% entre sítio distal e proximal) em sítios sem compressão, são critérios diagnósticos para Polineuropatia Desmielinizante adquirida.
Estudo do LCR evidenciando aumento de proteínas com celularidade normal reforça o diagnóstico.
O tratamento de primeira escolha é o uso da Imunoglobulina Humana intravenosa com uma administração a cada 4 semanas, podendo ser utilizado como opção mais recentemente o uso subcutãneo. Em casos selecionados tem se associado corticoterapia e imunosupressores.


sábado, 2 de fevereiro de 2019

NEUROPATIA AXONAL NUTRICIONAL AGUDA

A polineuropatia  é comum em pacientes com deficiência nutricional aguda. As principais causas estabelecidas são: alcoolismo, anorexia  e pacientes submetidos a cirurgia bariátrica. Os sintomas clássicos sensitivos e motores se caracterizam com dor tipo queimação, dormência em pés e posteriormente em mãos, fraqueza muscular, arreflexia (ausência de resposta dos reflexos musculares profundos), ataxia sensorial (alteração na marcha que piora com o fechar dos olhos), status nutricional ruim, histórico de perda de peso, vômitos prolongados com estudo do Líquor dentro da normalidade. 

O diagnóstico diferencial inclui a Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Aguda (forma clássica da Síndrome de Guillain-Barré), as variantes do Guillain-Barré, tipo Neuropatia Axonal Sensorial e Motor (AMSAN), Miller-Fisher, neuropatias tóxicas (arsênio) ou metabólicas (porfiria).

A eletroneuromiografia evidencia uma série de anormalidades: ausência ou significativa redução da amplitude dos potenciais sensitivos em membros inferiores e superiores; redução da amplitude dos potenciais motores (potenciais de ação muscular compostos) com discreta redução da velocidade de condução. Padrão compatível com polineuropatia sensitivo motor, axonal, distância dependente (comprometimento distal para proximal).

Os achados laboratoriais são proeminentes incluindo: macrocitose, transaminases elevadas, níveis reduzidos de vitaminas (B12, B1, B6, ácido fólico, vitamina E) e sais minerais. Estudo do Líquor normal, provas inflamatórias e painel de anticorpos paraneoplásicos normais.

REFERÊNCIA: MUSCLE & NERVE, VOLUME 57, 1- 33-39

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE - "POSTPOLIO SYNDROME": PARTE II

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:

1) História prévia de Poliomielite com evidência de perda de neurônio motor, confirmado por paralisia aguda, fraqueza residual e atrofia muscular com sinais de desnervação na Eletromiografia;
2) Período de recuperação parcial seguida de função neurológica estável, geralmente acima de 15 anos:
3) Quadro novo de fraqueza progressiva, fadiga muscular com ou sem fadiga generalizada, atrofia muscular, dor muscular ou articular;
4) Síntomas persistem por mais de um ano;
5) Exclusão de outros problemas clínicos, neurológicos ou ortopédicos que possam justificar os sintomas.

A dor é um sintoma frequente e o diagnóstico de Síndrome Pós-Poliomielite é de exclusão, sendo necessário uma avaliação ampla.
Os achados típicos na Eletroneuromiografia incluem envolvimento do neurônio motor inferior, achados neurogênicos na eletromiografia, estudo sensitivo normal, velocidade de condução motora co amplitude reduzida dos potenciais.

SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE - "POSTPOLIO SYNDROME" - PARTE I

Síndrome Pós-Poliomielite é caracterizada por quadro de nova fraqueza e/ou fadiga muscular que ocorre muitos anos após o acometimento  inicial da Poliomielite.

A Poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda causada por um vírus chamado Poliovírus, ocorrendo com frequência em crianças menores de quatro anos, podendo raramente ocorrer em adultos. A maioria das infecções se manifestam com poucos sintomas não específicos (febre, dor de garganta, náuseas, dor abdominal, diarréia). Em cerca de 1% dos pacientes se manifesta com a forma paralítica podendo causar sequelas permanentes, de forma assimétrica, com atrofia muscular em consequência do acometimento de corpos de neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal.
É estimado que entre 15 a 80% dos pacientes desenvolvem Síndrome Pós-Poliomielite.


sábado, 26 de janeiro de 2019

ESCLARECIMENTOS

Os exames de Eletroneuromiografia são realizados no Instituto Paraibano do Cérebro, localizado na Av. Amazonas 187 (Esquina com Av. São Paulo 854), Bairro dos Estados - João Pessoa- PB.
A marcação dos exames podem ser feitas pelos números:
(83)  99311-9260 / 99948-5408 (whatsApp)/ 99847-7480.

O número de telefone (3209-8000) do Instituto do Cérebro encontrado em sites de busca no Google não está mais disponível para marcação dos exames, sendo utilizados os números acima.

Somos parte de uma equipe de profissionais com sede no Instituto Paraibano do Cérebro chamado INEURO- Instituto de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna, prestando atendimento especializado em Neurocirurgia, Neurologia e Eletroneuromiografia.

Para realização de Eletroneuromiografia não estamos atendendo convênios. Os custos de material importados descartáveis, valores não reajustados dos convênios e tempo de execução tem inviabilizado o atendimento por convênios. O exame  é realizado por médico especializado, treinado em eletrodiagnóstico, com conhecimento em neurofisiologia, neurocirurgia e neurologia, com duração variável, requerendo uma análise minuciosa e correlação com história clínica e exames de imagem prévios, sendo importante levar os exames.

É importante no dia do  exame ir com roupas que possam expor  os membros superiores e inferiores, não usar cremes ou óleos na pele. Não precisa de jejum para realizar o exame e nem há limitações após,  em relação a atividade física, alimentação ou retorno as atividades habituais.

Apenas em suspeita de Miastenia Gravis, quando possível se recomenda suspender o uso do Mestinon (anticolinesterásico usado no tratamento) por 48 horas para não ter falso negativo.

Em crianças o exame nem sempre se consegue ser realizado, pois depende da mínima cooperação, mesmo procurando ser o mais objetivo. Cada caso deve ser avaliado individualmente.